"Em cada curva uma vontade, em cada reta uma ilusão. Se eu queria uma resposta, só encontro interrogação..." (Titãs - "A estrada")
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Em tempos de paz, a guerra.
Em tempos de paz
O que se esconde atrás da sua voz
São cantos de sublime vitória
De inebriáveis tentações.
Em castelos de areia,
Na água límpida que jorra,
No vento suave e mágico
É possível sentir tua presença
Não quero, porém, me perder neste sonho.
Em tempos de paz
Relembro caminhos percorridos
Relembro os lírios colhidos no campo
Encontro as rosas que perdi no deserto
Encontro-me e te encanto.
Encontro-te e me perco.
Devolve-me as batalhas, as chances de glória
Quero o retorno do seu olhar mais tênue como meu alvo.
Sonda-me sem temer
Qualquer leve dissabor
Não há nada a perder além da tranquilidade do agora
Permita-se perdê-lo como no passado.
Relembre o impacto das sombras
Relembre as tempestades que faziam a primavera perfeita
Relembre o pó do combate
Em tempos de paz, eu prefiro a guerra.
Assim como o soneto de Moraes,
"Ferir a fenecer".
(Gisa Borges)
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