Quando se para no tempo perde-se a percepção do agora.
Quando nos projetamos demais para o futuro, o mesmo ocorre.
Entre as dificuldades que vida nos propõe, está o seguir sem
desprezar o aprendizado do antes e sem esquecer os sonhos e objetivos futuros. Nisto está uma das grandes dificuldade da natureza humana? Pelo menos é que muitos dizem.
Se pensarmos assim, então talvez seja nas atitudes de uma criança que possamos
encontrar esta exata medida. Elas vivem intensamente, sem muitas preocupações,
mas jamais deixam de pensar no amanhã. Como se pensar no depois para elas
fossem essencial – e é! – pois possuem um mundo de possibilidades adiante.
Ou...
... talvez o grande ponto de observação esteja também na maneira de vida dos mais velhos. Possivelmente serão eles que irão nos fornecer a receita ideal. Aproveitam
cada instante como se fosse o último e volta e meia revivem momentos da vida como se não houvesse passado nem um minuto. No final, percebemos que eles
também têm urgência.
Talvez cada um de nós tenha uma receita, não da felicidade
ou do mundo perfeito, mas uma receita de vivência... Vivência apta a dizer como
devo olhar o hoje. Mas se pensarmos bem... Precisamos mesmo de respostas?
Fica a pergunta.
(Gisa Borges)
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