quarta-feira, 14 de julho de 2010

11 dias para a prova de FOGO!



Depois de tentarem frustrar minhas possibilidades de chegar a segunda fase do exame de ordem, aqui estou estudando para ela.

Já diziam os sábios da internet: "O jogo só termina quando os dados param de rolar!"

Não sei mais em que lugar li esta frase, mas adotei ela para o meu vocabulário depois que o Cespe divulgou o gabarito oficial da prova dizendo que eu só tinha 47 pontos e, portanto, estaria eliminada da segunda fase, por não ter obtido a média de 50,0 pontos.

Inconformadíssima com tal resultado, assim como grande parte dos bacharéis em direito deste país, após uma prova desumana, com questões que tinham tão somente "decoreba" de leis e nenhum racicínio lógico exigia dos examinados. Como eu disse, "inconformadíssima" decidi lutar... (adoro essa palavra! Acho que é porque luta tem tudo haver com Direito, com vontade de buscar novos ideais, travar desafios mesmo que todos julguem intransponíveis...)...

...Foram um total de 15 (quinze) questões impugnadas e uma vontade imensa de estar disputando a segunda fase deste exame. Nunca fui contrária a realização dele, mas sempre achei que a maneira de seleção deveria ser mais justa, mais humana. Nós Bacharéis não ficamos 5 (cinco) longos anos na faculdade, estudando e dando o máximo de si para chegar ao final sem uma profissão. Queremos simplesmente o direito que todos os outros profissionais possuem: exercer com dignidade nossa profissão!

A OAB Federal ao invés de tentar filtrar os alunos depois de formados, deveria controlar a quantidade de cursos abertos no país todos os anos. Afinal se ela figura entre os responsáveis pela aprovação de um novo curso de Direito no país e dá o aval necessário juntamente com o Ministério da Educação, inclusive fiscalizando-os, não seria necessária uma avaliação tão rigorosa como a que está sendo realizada a cada trimestre.

O Exame de Ordem 1.2010 foi tido por muitos profissionais da área, inclusive professores, Desembargadores, Juízes, como o mais difícil de todos os tempos. Tal característica foi comprovada pelo índice de aprovação inicial antes da análise dos recursos, onde em um exame com mais de 95 (noventa e cinco) mil inscritos a reprovação foi de 90% (noventa por cento). Nem após a análise dos recursos onde foram anuladas 5 (cinco) questões da prova, o índice de aprovação foi satisfatório, afinal somente cerca de 19% (dezenove por cento) dos inscritos passaram para a segunda fase do exame. E eu entre eles.

Posso até me sentir privilegiada, mas não muito, uma vez que a segunda fase, segundo as expectativas, será também uma das mais difíceis de todos os exames anteriores. A prova realizada neste mês de junho/2010, referente à primeira etapa do exame, não desmerece nenhum dos candidatos que estão estudando há anos para a aprovação e o exercício da profissão, uma vez que foi desleal em muitos sentidos.

Nesta reta final agora, estou apreensiva. E quem não ficaria? Escolhi uma das áreas mais temidas: a lenda urbana Direito Civil. Espero realmente que as dificuldades desta prova sejam realmente uma lenda. Estou "ralando" à dias sobre as provas anteriores e percebo o nível de dificuldade delas. As exigências são muitas. Mas é como diz a frase que adotei como filosofia para este exame: "O jogo só termina quando os dados param de rolar!"

Esperarei pela prova de fogo!

Até lá sigo abdicando de momentos ao lado dos amigos, festas, reuniões... dedico-me exclusivamente aos meus amores chamados Livros, cadernos, códigos de leis. Espero que a recompensa apareça em breve e que a prova realmente não esteja tão difícil como o divulgado.

A sorte está lançada... mas conto com um pouco de sagacidade para aprovação! E, claro com as bençãos de Deus sobre mim. Afinal, apesar de tudo eu descobri o meu amor incondicional pelo Direito e pela Justiça!

Que venha o que vier!

Bel. Giselle Borges.