quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

(In)felicidade, pode (!) (?)

Por Gisa Borges

Hoje o dia começou difícil. Dificuldade é palavra que constantemente me deparo com ela, mas há períodos que ela se sobressai ainda mais.

Sempre tento encarar as dificuldades de frente. Erro muito. Quase sempre elas advêm dos meus erros. Tento consertar o que fiz e consertar o mundo. Tento prever os problemas, sobretudo para minimizar os transtornos. Mas há situações que fogem das nossas mãos.

A felicidade é termo fácil de propagar, difícil é tê-la todos os dias. Há dias em que são apenas buscas e buscas. Há dias que parece ser a felicidade, ao menos momentânea, inalcançável.

E não há como não dizer que a minha felicidade também depende da felicidade do outro. Não consigo ser feliz completamente se quem me rodeia de alguma forma ainda não encontrou seu ponto de encontro com ela. Ademais, as pessoas que não trazem um sorriso no rosto, quase sempre são mal-humoradas e acabam contagiando todos que estão em volta. Nem mesmo quem tem um  posso profundo de otimismo dentro de si, consegue não ser atingido de alguma forma pela infelicidade alheia.

As vezes a infelicidade do outro também dói em nós.

Não deveria ser assim, mas é.

O ser humano tem a incrível capacidade de se deixar levar por vários sentimentos, um deles é a compaixão. Quem possui enraizada a compaixão dentro de si, acaba por sofrer com os outros, e muitas vezes coloca a sua felicidade também nas mãos de outros.

Um erro? Talvez.

Ademais, não há felicidade constante. E a ditadura da felicidade constante também incomoda.

O que pesa mais?

O que queremos da vida, nem sempre ela nos traz. Vivemos na busca, entretanto, quando encontramos descobrimos que era preferível ter ficado onde estávamos. O que consola foi a tentativa de busca, saímos da inércia. Tentar é algo sublime! Conseguir, nem sempre é necessário.

Felicidade é palavra tão vã hoje que as vezes perde o sentido, confunde-se.

Cada dia mais acredito que o que deve ser conseguido é o tentar. Tentar ser feliz, induz a sempre termos os pés no chão. Tentar ser feliz, faz com que possamos lidar com a infelicidade momentânea das pessoas que nos rodeiam de uma forma mais perene, tranquila. Faz com que fique mais fácil encarar o cotidiano e todos os seus problemas.

Estou me permitindo, neste momento do meu caminho, a tentar a felicidade, a conviver mais tranquilamente com momentos nem tão felizes, acreditando que neles também existe conhecimento, relevância.


A vida é uma só.





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