terça-feira, 30 de dezembro de 2008

A arte do dever

Deveríamos viver,
pura e simplemente uma vida tranqüila.
Deveríamos construir,
com vigas e pilares capazes de sustentar qualquer decepção,
a construção mais simples: nosso caminho.

Deveríamos sentir
tal qual, um ferida aberta,
que o sangue é o mais puro dos fluidos corporais,
pois só ele é capaz de demonstrar
com sua cor vermelha
a dor e o amor dos seres humanos.

Deveríamos prever atitudes
como um mago
que mesmo cego
enxerga as mil e uma facetas da vida.

Deveríamos ser capazes de transformar
água em vinho e multiplicar os pães,
não para ser ser adorado como um "Novo Deus",
mas para amenizar o sofrimento dos aflitos.

Deveríamos ser capazes de agir por nós mesmos,
e não viver como abúteres em cima do sucesso alheio.
Deveríamos caminhar com as próprias pernas
para colher os frutos que semeamos,
bons ou ruins dependem da estação
e de como são cultivados.

Deveríamos não dever nada,
nem aos cegos,
nem aos loucos,
nem aos pobres de espírito...
nem aos céleres,
nem aos sábios,
nem aos mais temível.
Não deveríamos dever a nós mesmos,
um pouco de atenção,
de compaixão,
de ambição.
Não ater ao medo, a covardia e tentar.

Deveríamos apenas pensar no mais que tudo...
pensar em mim,
pensar em ti,
fazer por todos.

Essa seria,
a maior expectativa humana.

(Giselle Borges Alves)
(21.10.2008)

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